sexta-feira, 27 de janeiro de 2012







Suplementação de leucina aumenta síntese proteica pós-exercício

Data:            08/09/2011
Autor(a):       Rita de Cássia Borges de Castro
Fotógrafo:    Rita C. B. Castro

Pesquisadores norte-americanos publicaram um estudo na revista The American Journal of Clinical Nutrition mostrando que a suplementação de aminoácidos essenciais (Qual a classificação mais recentemente aceita para os aminoácidos?) enriquecida de leucina aumenta a síntese proteica muscular pós-exercício.

Este foi um estudo cruzado e randomizado, que avaliou a suplementação de aminoácidos essenciais com duas diferentes concentrações de leucina na síntese de proteína muscular após exercício moderado, caracterizado pela realização de bicicleta ergométrica durante 60 minutos a 60% do VO2 máximo.

Oito adultos saudáveis receberam durante o exercício bebidas isonitrogenadas contendo 10g de aminoácidos essenciais em diferentes teores de leucina: uma enriquecida com 3,5g de leucina e outra contendo 1,87g.

O metabolismo de aminoácidos foi determinado após o exercício pela infusão de fenilalanina contendo isótopos 2H5- e [1-13C]-leucina, capazes de avaliar a incorporação intracelular dos aminoácidos. Os pesquisadores verificaram que a síntese proteica muscular foi 33% maior (p < 0,05) após o consumo da bebida enriquecida de leucina.

“Estes dados demonstram que o aumento da disponibilidade de leucina durante o exercício promove o anabolismo da proteína do músculo esquelético e reposição de proteína endógena. Estudos futuros são necessários para determinar os mecanismos moleculares e se os efeitos observados são influenciados pela intensidade do exercício ou outros nutrientes”, destacam os autores.

“Nossas descobertas indicam que o aumento do 
teor de leucina nos suplementos proteicos pode ser promissor para as populações suscetíveis à perda de massa muscular, como a caquexia e sarcopenia, devendo ser explorados nos próximos estudos”, concluem.
 
Referência(s)

Pasiakos SM, McClung HL, McClung JP, Margolis LM, Andersen NE, Cloutier GJ, et al. Leucine-enriched essential amino acid supplementation during moderate steady state exercise enhances postexercise muscle protein synthesis. Am J Clin Nutr. 2011;94(3):809-18.
fonte:  www.nutritotal.com.br



Suplementação de proteínas tem efeito benéfico na hipertensão









Pesquisadores norte-americanos concluíram em estudo publicado na revista científica Circulation que a suplementação de proteínas diminui a pressão arterial sistólica quando comparada com a suplementação de carboidratos de alto índice glicêmico.


O estudo foi randomizado, duplo-cego e cruzado, com três fases de intervenção. Foram avaliados 352 adultos com pré-hipertensão ou hipertensão estágio 1. Estes voluntários foram distribuídos aleatoriamente para receberem três tipos de suplementação, durante oito semanas, com intervalo de 3 semanas entre elas: 1. 40 g/dia de proteína de soja, 2. 40g/dia de proteína do leite e 3. 40g/dia de carboidratos de alto índice glicêmico (contendo sacarose, frutose e maltodextrina).


Os participantes foram avaliados duas vezes a cada período de intervenção, sendo medida a pressão arterial. Tanto a suplementação com a proteína da soja quanto da proteína do leite, quando comparados com a suplementação de carboidratos, foram significativamente associados com redução da pressão arterial sistólica, -2,0 mm Hg (proteína de soja, p = 0,002) e -2,3 mm Hg (proteína do leite p = 0,0007). A pressão arterial diastólica também foi reduzida, mas essa mudança não atingiu significância estatística. Também não houve diferença significativa na redução da pressão arterial entre a suplementação com proteína de soja ou do leite.


“Este é o primeiro estudo que teve o objetivo direto de comparar o efeito de proteína vegetal (soja), proteína láctea (leite) e carboidratos sobre a pressão arterial. Estes resultados podem ter implicações importantes na prática clínica, pois estima-se que a redução de 2 mm Hg da pressão arterial sistólica pode levar a uma redução de 6% na mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) e diminuição de 4% na mortalidade por doença cardíaca coronariana”, destacam os autores.


“O presente estudo indica que tanto a proteína de soja quanto a do leite reduzem a pressão arterial sistólica, em comparação com o suplemento de carboidrato de alto índice glicêmico, em pacientes com pré-hipertensão e hipertensão estágio 1. Mais estudos randomizados e controlados são necessários para examinar o efeito de várias proteínas dietéticas sobre a pressão arterial, a fim de recomendar um aumento global na ingestão de proteína como parte de uma estratégia de intervenção nutricional para a prevenção e tratamento da hipertensão”, concluem.

Referência(s)


He J, Wofford MR, Reynolds K, Chen J, Chen CS, Myers L, et al. Effect of dietary protein supplementation on blood pressure: a randomized, controlled trial. Circulation. 2011;124(5):589-95.
fonte: www.nutritotal.com.br